segunda-feira, 29 de outubro de 2007

material de escritório







O mata-borrão (herança de avô) continua a uso até hoje, o numerador foi «reanimado» à pouco tempo para numerar a nova série de apontamentos, a máquina de calcular Facit com manivela funciona, mas já não me lembro como… imagens para o grupo old & vintage.


Mais actual, leves transparências de Deepa Panchamia.

domingo, 28 de outubro de 2007

atravessar o rio







De barco para a Trafaria.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

processo criativo




Este post está para ser escrito há uns meses, só precisava de tempo para clarificar as ideias e tomar algumas decisões antes de o abordar.

Várias pessoas interessadas neste projecto, perguntam-me porque deixei de produzir algumas peças — e logo aquelas que gostam tanto e queriam comprar. O motivo é simples, algumas peças deixaram de ser produzidas porque o trabalho de qualquer criador é um processo contínuo e precisa de evoluir, para que isso aconteça é necessário cortar com algumas situações para que o trabalho não se agarre constantemente às mesmas formas, às mesmas técnicas, para que possa surgir a «novidade», que é disso que o meu trabalho se alimenta.
A constante repetição da mesma peça ao fim de algum tempo cansa e poderá tornar-se muito aborrecido ter de a fazer a partir de uma certa altura. Isso estagna o processo criativo. Qualquer pessoa interessada no nosso trabalho também acaba por se cansar, ao encontrar sempre o mesmo onde quer que este esteja à venda.

Tenho reparado que um trabalho feito à mão, poderá perder qualidade devido ao aumento da sua procura. Eu prefiro não fazê-lo. Por isso também demoro muito tempo a entregar as encomendas, qualquer peça que termine tem de estar tão bonita como se fosse para eu própria usar (tenho algumas chumbadas que acabam numa caixa). Deverá haver um limite de peças para que a produção não se torne cansativa, que permita manter a qualidade no processo de execução e para que o trabalho não se torne «vulgar».

Sinto que há peças que devem ficar para trás, por muito que goste de as fazer. Provavelmente, por já ter feito muitas, acho que a partir de um certo ponto devem ser colocadas de lado, não digo definitivamente, mas quase. Não vivo do croché, tenho outras actividades que me preenchem demasiado o tempo, e esse tempo que sobra para o projecto que divulgo no blogue, não é tanto como desejaria e a vontade de fazer peças novas é constante. Também por não ser compatível com a minha disponibilidade, devo fazer a opção de acabar com algumas séries para dar vida a outras. Penso que isso acontece com muitos criadores e alguém certamente concordará comigo.

Até ao fim da época Outono/Inverno há peças que irão manter-se no circuito das lojas e quem ainda estiver interessado em adquirir alguma terá de o fazer a curto prazo. No início do próximo ano as que sobrarem serão recolhidas. As peças que irão acabar e que já foram encomendadas serão entregues, mas não aceitarei mais encomendas até ao final do ano a não ser que ainda tenha alguma disponível.

(Na fotografia estão pedaços de peças novas ainda por terminar, desde o início de Agosto…)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

composições











As fotografias não foram tiradas com essa intenção, mas vendo-as no conjunto, estes cachos remetem um pouco para o Natal, se tiver tempo ainda serão os cartões para os meus presentes este ano.

(Alguém sabe porque desapareceu o meu ícone do Blog Action Day no post anterior?)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Blog Action Day


Reciclo papel desde que andava no ciclo preparatório (um livro sobre o tema caiu-me nas mãos e aderi à reciclagem), ainda não existiam os ecopontos em Portugal, apenas alguns vidrões e não ficavam em caminho de onde vivia, nem perto! Entregava todo o papel, no centro de recolha selectiva de lixo em Benfica, os amigos e família achavam-me maluca, mas eu achava que valia a pena.

Cá em casa, continuo a reciclar papel (desde pequenos apontamentos até aos mais volumosos), também algum plástico como os sacos inutilizados, embalagens de iogurtes e garrafas de plástico. As tampas, leva-as a B. para a creche que aderiu ao projecto Tampinhas, e é um bom começo para as crianças aprenderem que podem reciclar e ajudar.

Geralmente faço compras na praça, onde a fruta e os legumes não vêm embalados (além de poupar no orçamento doméstico) e da pouca carne que comemos compro no talho, além de mais saborosa não vem em contacto com o esferovite (nem faço ideia para onde enviar o esferovite). Tento utilizar sacos de pano e outros com maior durabilidade, e evito trazer muitos sacos do supermercado que nem sequer os utilizamos para o lixo, estão sempre furados.

É o mais comum fazemos na nossa casa e espero que a maior parte das pessoas o faça, mas também fazemos outras coisas mais pequenas que ajudam o ambiente. Utilizamos a maior parte das vezes guardanapos de pano, além de mais confortável, no final das refeições evitamos acumular tanto lixo. Não usamos ambientadores de cheiro porque polui o ar, é tóxico e pode muito bem ser substituído por uma janela aberta ou por um incenso (de origem credível). Não utilizamos pastilhas que se introduzem nas tomadas eléctricas para afastar melgas e mosquitos, polui o ar que respiramos, preferimos a caça às melgas com uma almofada, antes de nos deitarmos. Também não congelo a comida em «saquinhos próprios para congelação», prefiro os «tapperwares» que se reutilizam e duram uma vida inteira.

Para além do papel, vidro e plástico, pouco pessoas falam dos químicos, produtos que usamos todos os dias e podíamos tentar substituí-los por outros com menos aditivos, mais naturais, saudáveis para nós e para o meio ambiente, porque o que não fica no ar vai parar à água, e a água escorre toda para ao mesmo sítio. Produtos como o sabonete, pasta dentífrica e champô.

Mas… nunca poderia falar destes aspectos, sem falar das situações em que tenho plena consciência que prejudico o meio ambiente e assumo os meus actos. Para escrever um post para promover um futuro mais ecológico tenho de ser completamente honesta. Aqui vai…

Não consigo tomar banho sem ter o chuveiro sempre a correr por cima de mim (podia gastar menos água), mas por outro lado uso sabonetes, é mais saudável para o corpo, têm menos químicos e o invólucro é de papel.
A minha filha usa fraldas descartáveis, não consigo imaginar usar outra coisa e sei que as fraldas são um lixo volumoso, sem tratamento. Não consigo usar lenços de pano para me assoar, só uso de papel. Infelizmente não consigo ler livros quando o papel é demasiado reciclado, amarelo e pouco prensado, porque deita muito pó e custa-me respirar (devido às minhas alergias). Se um livro for impresso em papel reciclado tem de ser bastante liso e claro. Outro aspecto que me tem pesado na consciência ao longo dos anos, é o das tintas que utilizo nos trabalhos de pintura, custa-me vê-las a escorrer pelo ralo abaixo quando lavo os pincéis e as taças de vidro.

Apesar dos meus maus hábitos pouco «verdes» que podiam ser alterados com algum esforço, sei que faço outros para compensar, porque por muito pouco que seja a minha contribuição, é melhor do que nada.
Às gerações mais novas, como a da minha filha, temos tudo nas mãos para lhes transmitirmos bons hábitos ecológicos, se começarmos cedo será mais fácil de manterem esses hábitos em adultos.

domingo, 14 de outubro de 2007

inventário aos botões





Gosto muito de botões de madeira, e de vez em quando compro alguns, mas pouco os utilizo. Novos são muito bonitos, mas com as lavagens perdem a graça.
Os da primeira fotografia parecem taças a sério.

desenho



Os rabiscos começaram a tomar novas formas. À esquerda uma galinha e à direita uma baleia.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Hortências




Ontem e hoje cheirou-me a Verão. Saudades do vento quente.

Hortências ainda das férias.
Ouvi dizer, que para ficarem azuis, enterram-se pregos na terra (nunca fiz a experiência).
Pesquisei na net, dei uma olhadela pelos livros de botânica em casa, e a conclusão a que cheguei, que partilho convosco, é a de que as hortências adquirem a coloração azulada se o solo for ácido e rico em alumínio, daí a colocação dos pregos na terra para criarem ferrugem. Se a terra já tiver um tom avermelhado, à partida as flores serão azuis. Quando as hortências têm uma coloração rosa, quer dizer que o solo é arenoso e baixo em alumínio. Lembro-me que as fotografias foram tiradas em vários quintais, cada uma na sua terra.
Podem ler mais alguma coisa aqui, mas para simplificar, já existem as do pacote.

domingo, 7 de outubro de 2007

Flores de Inverno



Mais duas peças na loja, da série Flores de Inverno.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

avesso ou direito?





Eu gosto mais do avesso. Para aproveitar restos de lã, o ideal é fazer uma manta ou juntá-los para pegas de cozinha em que o efeito de muitas cores resulta sempre, neste caso não fiz com restos, mas com lãs que não iriam ter uso tão depressa.

Já não consigo fugir da pequena figurante, que debruça a cabeça em cima de tudo o que eu quero fotografar.