sábado, 30 de junho de 2012

aos lobos



A visita estava prometida para a altura das férias escolares, primeira para nós, segunda para a miúda. À semelhança de outras organizações que não têm apoio do governo (mais uma que não se compreende) o CRLI - Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, precisa de ajuda, principalmente agora que irá acolher mais lobos vindos de um jardim zoológico em Inglaterra que irá fechar.
Este post é apenas uma pequena contribuição. Para quem nunca ouviu falar ou que já ouviu mas tem preguiça de lá ir, deixo-vos a minha sugestão para visitarem o Centro. Lembrem-se apenas que não irão visitar um jardim zoológico, mas sim, um local onde é proporcionado aos lobos viverem em condições dignas à semelhança do seu habitat natural. Acima de tudo é isso que vão sentir e aprender, e visitar já é ajudar.
Vejam o pequeno filme em baixo que explica muito bem o objetivo do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico.

Aqui por casa, estamos a avaliar a possibilidade de adotar um, a B. está disposta a dispensar o seu pequeno mealheiro anualmente para a causa e já contou os tostões, quando uma mãe houve isto (desde a sua primeira visita meses antes) o que faz? Pendemos para que lado?


sexta-feira, 29 de junho de 2012

fora do tempo





Mau, é ir rever fotografias das férias do ano passado. Bom, é pensar que ainda as irei gozar.

terça-feira, 26 de junho de 2012

há dias em que perdemos tempo



Hoje é daqueles dias que poderei passar a ter menos leitores ou que desgostem do que já gostaram no facebook, mas há coisas que temos de comentar e não há meio de guardar cá dentro.

Ao longo destes anos de trabalho, tenho recebido com alguma regularidade propostas para colaborar com lojas ou participar em feiras. Perdi a conta dos emails recebidos, mas pelo que ainda guardo posso dizer-vos que o ano de 2010 foi o auge (21), mas este ano estou a chegar ao mesmo número e ainda vamos a meio (assustador, não?).
Tento responder a todos e aos que não cheguei a responder foi por puro esquecimento, mas sempre foram personalizados. Não adotei um modelo de email para recusar ou aceitar, porque acho terrível receber emails com o conhecimento de todos os destinatários, em que o email das propostas de algumas lojas é igual para todos. Fazem-me sentir que nos põem a correr atrás da cenoura. E até lhes fica mal, porque a maior parte das condições de venda são as quais, nós criadores, queremos distância.

O que me levou a escrever este post, é que por vezes ultrapassa-se o limite e infelizmente ando a acumular muitos emails assim. E já ando com o dilema "respondo ou não".
A última proposta recebi hoje, propunham-me ir amanhã num "pulinho" a outra localidade do país tentar contribuir para a decoração de uma casa de um projeto já existente, onde não lhe faltam patrocinadores (mas as despesas dessa deslocação claro que são comportadas pelos criadores = absurdo). Teria como troca da minha "devoção" o meu nome junto ao contributo e em "princípio" durante o tal evento poderia estar no local a comercializar os produtos e passo a citar: «Sei que é um pouco em cima da hora mas a ideia é bastante interessante!!!! (…) Necessito de uma resposta rapidamente.». "Rapidamente" é elegante.

Ora bem, nem sei o que responder. Será que os emails nos fazem sentir tão próximos uns dos outros, e os nossos blogues tão em casa uns dos outros, que por breves momentos há quem se esqueça do bom senso e da educação nestas abordagens? O "tu cá tu lá" não me faz confusão nenhuma, o que me arrepia é o à vontade com que se fazem as propostas e essencialmente o modo como nos fazem sentir.

Devido ao tipo de trabalho que faço não costumo aceitar propostas que cheguem em cima da hora, há todo um trabalho para preparar já para não falar da logística. Também não aceito propostas escritas em "tom fresquinho" e num novo discurso empreendedor em que não questionaram anteriormente as minhas condições de comercialização ou divulgação do trabalho que faço. Sim, porque eu também tenho condições. Como é que nos propõem números sem nos ouvirem primeiro? Propor um ponto de venda a um criador é indispensável dar a conhecer a localização da loja e juntar uma pequena apresentação do conceito do projeto. Já para não falar das propostas acompanhadas de excessos de pontos de exclamação e smiles, e as propostas de lojas vindas do facebook em modo telegrama sem qualquer informação adicional.

Custa muito personalizar um email ou estou a ser muito exigente? Somos todos diferentes e isso influencia pelo menos a minha resposta. Se pensarmos um bocadinho que precisamos uns dos outros, não custaria nada fazer esse esforço.

Não escrevo isto com o intuito de transmitir alguma superioridade, é mais uma espécie de manifesto contra as propostas de inúmeras lojas à consignação, de feiras de artesanato urbano ou eventos "mal amanhados".
Podia ignorar o email que recebi juntamente com outros, alguns bastante caricatos, mas começaram a cansar-me porque nos tratam como amadores, e há quem trabalhe para que não seja visto assim. Não coloco as propostas todas no mesmo saco, porque há quem saiba fazê-las e algumas tenho pena de não ter mais tempo para as conseguir aceitar, porque muitas situações são válidas para divulgar o nosso trabalho. Mas existem outras tão más que me tiram quase do sério, porque fazem-me perder tempo, como agora.

domingo, 24 de junho de 2012

do rio






Jasmineiro, à borda de água,
Deixa passar os peixinhos;
Quem namora às escondidas
Leva abraços e beijinhos.

Projeto Educativo do Fluviário, «Falas do Rio», 2011-2012

sábado, 23 de junho de 2012

a perfumista




— O que é isto?
— Estou a fazer um perfume.
— De?…
— Sardinheira, alecrim, alfazema, cacto e limão.

Gosto de ver os miúdos a fazerem estas «sopas».

sexta-feira, 22 de junho de 2012




Sei que vou repetir-me em pouco tempo, mas adoro este registo.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Isto é…





Ficar sem palavras. No instante em que o vi estava longe de imaginar que um dia poderia recebê-lo de presente. Até apaguei as fotografias para não voltar a pensar nisto. Ei-lo agora nas minhas mãos quase irreconhecível. Nem queria acreditar na surpresa. Pai, és o maior!

Ainda nem consegui colocar nada lá dentro. Sensação semelhante àquela de quando era miúda e tinha uma boneca nova mas evitava ao máximo penteá-la porque o cabelo nunca mais seria o mesmo. É mais ou menos isso.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

domingo, 17 de junho de 2012

um livro ✳ Persépolis


Beginnings: Marjane Satrapi on Nowness.com.


Mal soube que o livro tinha sido traduzido para português comprei-o. Marjane Satrapi é uma inspiração, basta ouvi-la um bocadinho. Como diz a realizadora Chiara Clemente – «She explodes when you talk with her, everything is so alive» e isso prolonga-se nos seus outros registos.

Este pequeno filme (via Nowness) está incluído na série «Beginnings», onde algumas personalidades falam de pequenos pormenores que absorveram durante a infância e que as influenciaram nas escolhas daquilo que fazem hoje.

sábado, 16 de junho de 2012



É tão típico na nossa casa as decorações de Natal tornarem-se intemporais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

pulseiras








Mais um link recuperado, daqueles que se misturam no ruído da net. A joalharia de Neil Linssen é feita em papel e apesar de associar leveza ao material parece-me muito robusta. Todo o efeito cromático é fabuloso. Os colares são muito bonitos mas foram as pulseiras que verdadeiramente me chamaram a atenção (daquele tipo de peças que gostaria de ter sido eu a fazer :-). As primeiras fazem-me lembrar as rodilhas portuguesas.

Todas as imagens foram retiradas do site.

domingo, 10 de junho de 2012

coisas simples




– Oh… Já não temos daquelas etiquetas de plástico amarelas para escrever o que plantámos.
– Ó mãe, mas temos molas amarelas!!!
– :-) boa ideia filha!

sábado, 9 de junho de 2012

:-)




Bons reencontros.

quarta-feira, 6 de junho de 2012







Há dias em que só nos apetece dizer palavrões. Hoje é um.
Preciso de organizar as ideias, rever o que está pendente, concentrar-me ou talvez deitar tralha fora porque há qualquer coisa que não está a fluir e está a empatar-me. Talvez me ajude ir arrumar uma gaveta.

terça-feira, 5 de junho de 2012

saco de pano









Um saco de pano com mais de 100 anos feito em patchwork, ou retalhos como dizia a minha avó. Não posso nem devo falar do que não domino, a minha área é outra mas ao partilharem comigo esta relíquia não podia deixar de a mostrar.
É forrado num tecido liso, tem cerca de 69 cm de largura e 90 cm de altura e cada lado do saco tem um monograma bordado.

A dona deste tesouro é a mesma dos últimos napperons  :-)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

crescer é para sempre



Deambulando por sites «verdes» para tirar umas dúvidas, encontrei este pequeno vídeo realizado por Jesse Rosten com um texto muito bonito de Kallie Markle e não resisti em partilhá-lo.
Se passar por aqui alguém com a intenção de ir cortar uma árvore espero que isto o desarme (deixo a versão traduzida que encontrei).


«A very long time ago, there were no groves because everywhere was a grove with no roads to bisect and no people to erect stones and fences and bridges. The trees were very, very young and had much living ahead of them. The enormity of their lifespan loomed in wooly mists around them, so they stretched out their root fingers and wrapped them around each others’, intertwining and holding very tight. The ferns found pockets of root fingers where they could nestle in and the moss stretched itself out over the soil and everything became very soft. The trees grew and made patterns of light and dark on the ground and the vines swirled in to trace the patterns. Spotted spiders moved back and forth and up and down, making nets to catch the mist, and the mist would linger on the nets in drops that cupped the light. It was very quiet all the time because the trees needed to focus on their lives. It is not easy to grow so much, for so long. Some trees became tired and lay down on the soft ground; others leaned and rested their tops on another. Growing is forever, they whispered, and when one tree had to stop, another would grow out of it and reach very high into the grey and gold sky.

The trees rested and waited to the mist to come and cool them. They were very large, but still not very old, and had much more growing to do.»


sábado, 2 de junho de 2012

Jacarandás



Em junho Lisboa é lilás.