terça-feira, 31 de julho de 2012

conversa



Tinha acabado de sair do carro e avistei um indivíduo com um ar bastante desorientado a meter-se com as pessoas por quem passava, a falar alto e a gesticular e notava-se que mal ele virava a cara elas fugiam com receio. Já não tinha tempo de tirar a miúda do carro, as suas tralhas e atravessar a estrada antes dele chegar até nós. Preparei-me para o imprevisível. Chegou-se e disse boa tarde, a miúda respondeu-lhe, eu também. Ele sorriu e começou a falar com a miúda e ela com ele, e falavam e sorriam, e eu tentava apressá-la, mas ela continuava a arranjar-se nas calmas e a falar com ele, até que lá se arranjou e eu disse-lhe «Temos de nos despachar!!», e ele virou-se para ela «Menina, porta-te bem e faz o que a mãe diz.» ela disse-lhe que sim. Subimos a rua, ele ficou a acenar-lhe e a dizer-lhe bem alto a sorrir «Adeuus meniiina! Adeuus meniiina!» e ficou feliz.
Ela acenou e disse-lhe adeus, depois virou-se para mim:
— Ele era um sem-abrigo, não era?
— Era. (notava-se de cima a baixo e ao longe)
— Vês mãe, ele não pediu dinheiro. Ele só queria mesmo conversar com alguém.

E é assim que se fica sem palavras, para depois ter de lhe explicar tanta coisa.

domingo, 29 de julho de 2012

simplificar




O conceito deste jogo de encaixe é tão simples e permite fazer muitas construções, já para não falar do espetacular efeito visual criado pelos diferentes padrões todos juntos.
Como mãe, reune os principais requisitos: criativo, leve, ecológico, bonito e ocupa pouco espaço (não parece pois não?!). O jogo não é muito conhecido e vale a pena saberem que existe. Pertence à kidsonroof e veio da Quer, de onde queríamos tudo.

É um alívio vê-la começar a interessar-se cada vez mais por opções lúdicas que ocupem pouco espaço, como um simples baralho de cartas. Assusto-me com um quarto cheio de brinquedos, bloqueia-me. Muitos deles nunca terão importância nenhuma no seu crescimento, aquilo a que também chamo cangalhada e a minha vontade é atirar fora, é que depois de entrarem são mesmo difíceis de saírem.
Pedimos para não oferecerem presentes fora das datas importantes, não pela falta de espaço, mas sim, por uma questão de educação e valores, mas algures no tempo, confesso que perdemos o controlo do vem do exterior.
Ainda assim, orgulhosamente podemos dizer que até agora conseguimos impedir a entrada de uma playstation e coisas do género. Ultimamente, vou tendo a sensação de que a fasquia do tipo de presentes, na generalidade, tem vindo a aumentar e há objetos e brinquedos de «nova geração» que já parecem ser quase obrigatórios ter, tanto para crianças como para adultos, custem o que custarem.

sábado, 28 de julho de 2012



Camané  |  Já não estar

quarta-feira, 25 de julho de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

38



Faço 38 anos e dependendo do ponto de vista hoje sou mais nova do que alguma vez serei.

Não vou aqui escrever o que aprendi até agora ou o que mudei até hoje, mas confesso que tenho uma lista onde vou escrevendo o que não nos ensinam, ou quando nos ensinam ainda não temos capacidade para compreender.
Isto não faz parte da lista, porque cada um sabe de si e os piores conselhos costumam ser sempre aqueles que não pedimos. Mas o que senti mais nestes últimos anos foi que o tempo passa mais depressa quando passamos ao lado da nossa vida, quando achamos que devemos ignorar o que sentimos de mau porque todos nos dizem que as coisas boas é que são de guardar. Como é que se cresce só com coisas boas? Assim é que não se aproveita tudo.
A vida não é preto no branco, nada disso. Atrás de uma coisa má virá sempre uma boa se estivermos mais atentos, poderá não compensar a má mas será melhor do que zero. Não fazer planos traz imprevistos saborosos e agir no momento certo é essencial. Continuo a achar que não preciso de saltar de pára-quedas para sentir que estou a aproveitar (quem é mãe sabe que a adrenalina sobe quase todos os dias) nem de ir dar a volta ao mundo (ir mais além sem sair do mesmo lugar também é possível) ou de que os dias sejam todos diferentes (porque isso também é uma canseira) apenas preciso de continuar a escutar e a sentir o que gira à minha volta e de perceber a minha relação com isto tudo, é mesmo só isso.
O cabelo continua a mudar de cor, as rugas começam a dar o ar da sua graça e as sardas que sempre me acompanharam estão ao rubro. Ninguém anda a correr atrás de mim, e aqui sou sempre eu que vou à frente a desbravar caminho, apercebendo-me cada vez mais de que a vida é o bem mais frágil que temos.
O que ela nos dá também nos poderá tirar, mas aquilo que vamos absorvendo de bom e de mau a cada instante da viagem é tão nosso que já ninguém nos tira e é isso que molda a nossa estrutura. Ninguém nos garante que a vida possa vir a ser melhor ou pior, mas sou testemunha de que é sempre muito mais interessante.

………
 
♥ Adorei o filme que o Paulo me ofereceu como presente de aniversário, foi montado com a música Paper Aeroplane de Angus & Julia Stone.
Irei passar o dia a trabalhar e gostaria de uma playlist nova… se não vos der muito trabalho, à medida que forem passando por aqui deixem-me um link com uma música para juntar a esta, pode ser?

domingo, 22 de julho de 2012

sábado, 21 de julho de 2012

?



Coldplay  |  Paradise

Será possível encontrar na net algum vídeo dos Coldplay a atuarem ao vivo vestidos de elefante? A miúda está sempre a pedir-me isso e diz-me que é uma das suas músicas favoritas. Por várias vezes procurei mas nunca descobri, lembro-me de já ter visto uma imagem mas agora nem isso (terei imaginado?). Alguém sabe?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ratinhos






À medida que ia construindo o meu a B. ia fazendo o dela (e muito bem). Como tínhamos o dia todo abusámos dos detalhes, depois fizemos juntas um ratinho mais simples com a intenção de colocar aqui no blogue. A produção dos ratinhos foi inspirada numa atividade do livro 365 Coisas Para Fazer com Papel e Cartão da Edicare.



Segue a explicação do modelo simples, à nossa maneira, tendo em conta que nunca seguimos um projeto à risca, porque as sugestões e a soluções vão aparecendo consoante o material que nos faz falta.

Dobrar um retângulo de cartão ao meio e cortar o formato do nariz do rato (a ponta do nariz fica na dobra), colar as duas extremidades no topo do rolo. Desenhar as patas, as orelhas, o rabo e os braços no cartão e recortar. Colar as orelhas de forma a que o rato esteja a olhar de lado para nós, a orelha de trás fica mais próxima do nariz e a outra com espaço suficiente para ainda fazer os dois olhos e a boca. Fazer dois cortes na base do rolo e um em cada pata para encaixarem um no outro, no interior do rolo dobrar o que sobra do cartão das patas e prender com fita cola.




Cortar uma tira de papel colorido para a roupa e colar à volta do rolo, a roupa do nosso está decorada com círculos feitos com o furador de papel. Cortar dois retângulos de papel para forrar os braços, mas os braços e o rabo são as duas últimas peças a colocar. Aproveitar os círculos brancos da furação para os olhos, colar os dois do lado que fica virado para nós e dar-lhes expressão com lápis de cor. Desenhar a boca. Dar uma tonalidade cor-de-rosa às patas, ao interior das orelhas, no nariz e tornar a bochecha visível. Desenhar a ponta do nariz com lápis ou caneta preta e fazer algumas pintas à volta.

Cortar 3 tiras muito finas em papel para os bigodes. Deitar um pouco de cola no interior da ponta do nariz, enfiar os bigodes e deixar secar pressionando com a ajudar de uma mola. Atenção, não deixem que a mola cole ao nariz! Por fim, colar a extremidade do rabo na base do rolo (ou utilizar a técnica das patas) e os braços em último.
A fatia de queijo pode ser feita com um cartão amarelo e com o furador de papel.




Materiais:

um rolo de papel
cartão da mesma cor do rolo para as orelhas, nariz, braços, patas e rabo (utilizámos a embalagem de cartão dos iogurtes)
papel colorido para a roupa (ou pedaços de revistas com padrões)
cola branca (usamos sempre esta, serve para tudo mas poderá demorar a secar mais do que as outras)
palitos para ajudar a colar elementos pequenos
pedaço de cartão amarelo ou pintado
furador de papel
molas da roupa (para ajudar a colar o nariz, as orelhas e o rabo)
lápis cor-de-rosa, vermelho e preto (ou canetas)
fita cola
tesoura

segunda-feira, 16 de julho de 2012

verde



A rúcula «explodiu» em menos de um mês e a alfazema germinou passado um ano.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

inspiração




Núria Fusté Massana, a professora catalã de 38 anos que ficou sem emprego e colocou o seu currículo no You Tube, onde através da simples preparação de uma receita de bolachas, explica as suas qualidades como professora e nos transmite aquilo em que acredita para o ensino. Aqui se demonstra como a criatividade é tão útil para a vida e oportunamente bem aplicada no dia a dia é uma mais valia.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Queques da Célia







Desconheço a verdadeira origem da receita, mas como foi a minha amiga Célia que me passou, cá em casa são os Queques da Célia. A receita permite fazer 12 unidades.

Ingredientes:

125 g de manteiga (sem sal, amolecida)
125 g de açucar (eu faço com amarelo)
125 g de farinha
2 ovos
1 colher de chá de fermento
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 colheres de chá de essência de baunilha
2 colheres de sopa de leite
Formas de papel para queques

Juntar a manteiga amolecida, o açucar, a farinha, os ovos, o fermento, o bicarbonato de sódio e a baunilha na batedeira. Depois de bater, verter o leite gradualmente, ao mesmo tempo que continua a bater.
Num tabuleiro de formas para queques, dispor as formas de papel em cada compartimento, e deitar uma colher de sopa de massa em cada uma (parece pouco, mas cresce) e levar a cozer no forno a 200º C durante 15 a 20 minutos.

Ingredientes para o glacé:

175 g de açucar em pó
1 clara de ovo
Sumo de limão (menos de meio) – ajuda a ficar mais branco e aromatizado

Bater os ingredientes (como se fossem natas batidas) até ficar cremoso e mais volumoso. Deitar um pouco de glacé, acabado de bater em cada queque e enfeitar a gosto.

domingo, 8 de julho de 2012

quotidiano



Quando as cores da vizinha também me inspiram.

sábado, 7 de julho de 2012



JP Simões  |  Inquietação

sexta-feira, 6 de julho de 2012



Vi O Fabuloso destino de Amélie Poulin apenas uma vez quando estreou no cinema, ontem não haveria melhor local para voltar a rever o filme e soube tão bem como a sua estreia.
Apesar das 3000 pessoas e de ser ao ar livre, o único ruído de fundo foi mesmo o barulho das nuvens a passar.

Ainda vão a tempo do CineConchas hoje e amanhã, não precisam de pipocas levem apenas uma manta bem quente (indispensável).

(A fotografia foi retirada do facebook do CineConchas)

terça-feira, 3 de julho de 2012

instalação




A propósito da exposição de Joana Vasconcelos em Versailles relembro o «Coração Independente» que vi em 2010. A instalação mais bonita e envolvente que vi até hoje. Arrepia e emociona-me.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

fios




Cansei-me e mudei a header.