quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Mickael Kiwanuka  |  Bones

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

«a beleza da simplicidade»




Apesar deste filme sobre Portugal cair nas graças de todos e partilhar-se nas redes sociais até à exaustão, a mim sabe-me a pouco. Há muito mais para mostrar do que os extensos campos de golfe e avenidas.

Descobri este filme da aid nature há pouco tempo, acho agora oportuno mostrar-vos outro ponto de vista sobre o nosso país, para mim, a verdadeira beleza da simplicidade. Se forem para a página do filme encontram a descrição dos locais e dos animais que o protagonizam.

Reparem que o lobo ibérico aparece no filme, relembro-vos da campanha que o Grupo Lobo tem a decorrer para angariarem fundos para a compra do terreno do CRLI. Fizemos a nossa parte, a B. chegou a adotar uma das crias da Faia através do seu próprio mealheiro e também contribuímos na fase inicial da campanha, resta-nos agora divulgar para outros que possam ajudar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

avançar






Arquivei o verão nos últimos posts, mas ainda não tenho coragem para arrumar as sandálias. O outono já começou e o meu ano novo também. Sentem-se mudanças e isso é inspirador, pelo menos para mim. Sou daquelas que acredita. Sempre. Se cada um fizer a sua parte e não achar que não vale a pena porque é uma gotinha no meio da tempestade, não havemos de morrer na praia.

Enquanto não perco de vista o que se passa lá fora, organizo as lãs e volto a planear o trabalho semanalmente, no meu caso tornou-se mais eficaz. Voltei a abrir a loja com os últimos exemplares da minha colaboração com a Margapinta, e quanto às novidades, posso dizer que ando a tratar disso.

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A chuva foi pontual! Não reclamem porque já nos fez muita falta :-) estamos é mal habituados.


Raindrops Keep Falling On My Head by B.J. Thomas on Grooveshark

Raindrops Keep Falling On My Head  |  B.J. Thomas

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

dentes – último episódio




Voltou a arrancar o 5º dente sozinha, lavou-o, guardou-o na caixinha e arrumou-a na prateleira. Logo de seguida enfiou-se na cama e não disse mais nada. Estava feliz porque o dente que abanava já não a incomodava. Melhor é impossível, não voltámos a falar sobre isto.

Há fadas que só atrapalham, ou seja, há adultos que metem fadas ao barulho só para atrapalhar, enquanto a verdade simplifica a vida :-)

sábado, 22 de setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

céu de agosto







Antes de entrar no outono não posso deixar de registar o céu do meu verão. O bronze já se foi.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

«tachos, panelas e outras soluções»




Queria fugir ao tema, mas ainda não consigo.

A Joana tirou-me as palavras da boca e voltei a rever partes do documentário sobre a Islândia que já tinha visto no blogue da Sílvia, mas entretanto as férias anestesiaram-me e até o esqueci. Passo agora o conteúdo aqui para o meu, porque vale sempre a pena levar mais alguém a pensar sobre o assunto.

Não gosto de falar de política, nem sequer de ouvir os outros falarem, apenas publiquei e tenho expressado a minha opinião nestes últimos posts por questões de cidadania.
Acho lamentável que depois do esforço que tantas pessoas fizeram no sábado, outras vozes desvalorizem a mobilização e se resumam a este tipo de destaque.

sábado, 15 de setembro de 2012







Temos voz e sabemos fazer. Hoje foi o dia.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

desabafo na rentrée - parte II




Estava a tentar não voltar a escrever sobre isto, este blogue não era assim, mas continuo a ferver. Nos últimos dias, em cada local que entro só oiço reclamarem da vida, como o senhor que entrou ontem no talho e disse: «Afinal vou guardar a caçadeira, o coelho fica na toca, a televisão é que vai lá.». De seguida houve quem reclamasse por todos terem sido sempre corruptos e que há muitos anos desistiu de votar por não merecerem o esforço. Não compreendo. O esforço não é por eles, é por nós!

Como é que desejamos uma mudança sem sair do local de conforto?

Reclamar nas redes sociais é confortável e partilhar o que os outros escrevem torna a coisa ainda mais fácil, só que todos os posts ficarão para trás. Sair amanhã para a rua é podermos dizer no futuro aos nossos filhos que temos uma voz, que tentámos, demos corpo e não fizemos apenas um post.
Amanhã não vou à praia, não vou passear, nem ficar a dormir, irei junta-me a muitas outras pessoas, cada uma certamente com as suas motivações, mas que têm em comum a esperança e a vontade de fazer mexer qualquer coisa. E isso, nunca é pouco.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

final feliz





Pensámos que tínhamos salvo a planta da lagarta e a lagarta dos pardais. Semanas mais tarde é que nos apercebemos que existiam mais quatro a mastigar desalmadamente. Como nunca tínhamos visto uma assim, arranjámos-lhe um modesto habitat na caixa dos caracóis ao ar livre.
No dia da famosa lua azul e sem estarmos à espera saiu do casulo, e antes de ir à sua vida poisou no meu braço alguns minutos para a despedida. Valeu a pena!
Ainda temos um casulo na caixa à espera de mais um final feliz, entretanto uma das lagartas subiu a parede e instalou-se presa por um fio no último dia antes das sairmos para férias, quando regressámos já tinha partido e a planta já estava cheia de folhagem nova.

Pela pesquisa no google fui dar à «borboleta cauda-de-andorinha», será? Se alguém conhece, conte-nos mais qualquer coisa, gostariamos de saber como é que veio parar à nossa casa.




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Naquele dia estava tão furiosa que deixei as férias para trás juntamente com estas fotografias. Não pude ficar indiferente porque a minha voz também conta. Continuo furiosa, mais do que antes, mas não vale a pena continuar a escrever sobre a fúria que esta desgovernação me provoca, pelo menos por agora, o que interessa mesmo é agir e incomodar "ao vivo". Mas quando temos um blogue temos mesmo vontade de gritar como a Débora.

terça-feira, 11 de setembro de 2012


Deste ponto de vista parece um ponto insignificante mas mexeu com o resto do mundo.

(Imagem: Nasa Earh Observatory)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

desabafo na rentrée




Empreendedorismo — palavra tão gasta nos últimos tempos que deixa de fazer sentido no discurso dos governantes que nos entopem os ouvidos com o cliché, em que devemos ser mais empreendedores e criativos para combater e sobreviver à crise, coisa que eles próprios não sabem fazer. Como é que se ensina e se transmite aquilo que não se sabe? Não lhes ensinaram a lidar com pessoas? E como é que aceitamos tudo o que nos impõem e ninguém se sente ofendido? Estamos sedados? Parece.

Este vídeo explica tão bem o que todos nós criámos ao longo dos últimos anos e como estamos a viver as consequências. Acho que a maior parte das pessoas não se lembra que está tudo interligado e que as ações de alguns podem interferir no resto do mundo. Claro que não passa só pela falta de dinheiro nos bancos nem pelo valor do petróleo, passa também pelos valores de cada um, pelos hábitos que não queremos mudar e pelos recursos naturais que continuamos a ignorar.

Comecemos por exemplo pelos incêndios, expliquem-me como é que basta apenas um dia de calor intenso para se propagarem vários incêndios por todo o país? E porque é que com tanto calor o Alentejo não arde? Como é possível continuarmos sem guardas florestais? Andam distraídos só com as 7 maravilhosas praias de Portugal?
E os «novos» velhos hábitos? Escrevem-se artigos (já os passo à frente) que continuam a dar ênfase à moda da marmita e eu pergunto, mas ninguém fazia isto antes da crise?! Saberem o que estão a comer nunca foi motivo suficiente para utilizarem a marmita?!
Não vale a pena continuar a citar exemplos.

Este, não era o post que eu previa escrever no regresso das férias, tinha planos para voltar só no outono, mas «enchi» com a fonte de informação que destaca a crise-austeridade-troika e é impressionante a quantidade de pessoas que a colocam online e a vão partilhando incansavelmente, parece que de um momento para o outro o país se esgotou e todos aceitam o veredito. Não consigo ficar indiferente.
Não vou mudar o mundo com um post, mas sei que o que faço na «vida real» irá interferir no resto e também na vida dos outros. E não é de agora que penso assim.
Noutro dia à beira-mar, algumas pessoas estavam a olhar para um saco plástico que voava de um lado para o outro, faziam-se caretas ao saco mas ninguém se mexeu para o apanhar — uma espécie de «voz coletiva» dizia: Não é meu. —, faltava pouco para uma onda levá-lo ou para as crianças levarem com ele. Eu acabei por ir apanhá-lo e meti-o no lixo. Não fizeram nada mas sei que para a próxima uma daquelas pessoas irá fazê-lo porque me viu.

Misturei os assuntos todos, não estou com muita vontade de escrever um discurso muito coerente nem de riscar o que está a mais, a verdade é que tinha a cabeça a fervilhar. Certamente já alguém escreveu sobre isto e é só mais um desabafo no meio de muitos, mas estava ali a pensar e de repente apeteceu-me mandar nisto tudo!

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Esta animação destacou-se no meio do ruído. Hoje, tenho de reconhecer que o FB foi-me útil, mas estamos longe de virmos a ser grandes amigos.
Doing it ourselves através de plantar uma árvore.