terça-feira, 30 de setembro de 2014

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Lá ao fundo, o cabide mais que perfeito.

domingo, 28 de setembro de 2014

Formigal - Pourtalet




Foi pela luz do dia, ou por soar a despedida que o cenário tornou-se inesquecível. Há sensações que se repetem.
Esta linda paisagem começa em Formigal, uma estância de neve que no verão é pasto, e continua até bem depois da fronteira de Pourtalet, onde se volta a entrar novamente nos Pirenéus.
Aqui, os cavalos, as vacas e várias centenas de ovelhas partilham estes pastos em liberdade. Dá vontade de começar a andar e só parar quando o sol se esconder.







quarta-feira, 24 de setembro de 2014

coelho


Lembram-se deste post? Agora é mais a sério.

Já percebi que podem ser afetuosos e meigos, mas a conquista pode demorar o seu tempo. Já sei que é necessário comprar-lhe quase uma espécie de apartamento. Está posto de lado coelhos com o pêlo muito comprido, preferimos os de pêlo curto com orelhas arrebitadas, aqueles que são mais semelhantes a coelhos do que a peluches. E não percebo nada de raças de coelhos, Toy refere-se à raça ou ao tamanho?

O comum seria comprar numa loja de animais, mas mete-me confusão desconhecer os antecedentes, acho-os demasiado pequenos para estarem já sem a mãe e o preço também não me seduz. Será uma melhor opção adquiri-lo através de alguém que faça criação? Alguém conhece criadores? Os preços são idênticos aos das lojas de animais?

Gostava de falar com a Carla (veterinária) que me deixou um comentário no outro post, mas não consigo chegar ao seu email.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Bujaruelo – Valle de Otal


Optámos por fazer este trilho porque já aqui tínhamos estado uma semana antes e era aconselhado a famílias com crianças. Afinal foram 13,5 km e as crianças são mais resistentes do que pensamos.


Depois do prado ao longo do rio Ara, iniciámos a subida em ziguezague até avistar um enorme vale que na fotografia do livro parecia pequeno, achávamos nós que tínhamos chegado ao final, mas não, a sorte é que nos cruzámos com um casal que regressava e avisou-nos que ainda faltavam 2 km e valia a pena continuarmos. O vale é tão grande que só ao chegar mais perto das vacas (pouco simpáticas) é que percebemos que afinal não eram rochas. O cenário é fabuloso! Percorremos o vale todo sob a torreira do sol até à cascata.
Para nos pouparmos e o dia não parecer tão curto, atalhámos no regresso.





As horas estimadas das caminhadas nunca foram exatamente as indicadas, há que dar sempre mais uma hora de margem no mínimo. As indicações que nos são fornecidas no Centro de Visitantes em Torla nunca vêm os quilómetros apenas o tempo estimado, o que é muito relativo, nem todos temos a mesma altura nem as pernas longas.

domingo, 21 de setembro de 2014

Pradera de Ordesa - Cola de Caballo






Foi o percurso em que nos cruzámos com mais pessoas. Começámos na Pradera de Ordesa com destino à cascata Cola del Caballo. Foi um dia inteiro. No total foram 18 km – metade quase sempre a subir e o resto para o regresso, por onde viemos. A miúda aguentou-se lindamente, é claro que o cansaço dá nas vistas, principalmente quando parece que estamos a chegar ao fim e afinal não é nada disso, ainda falta uma planície inteira e mais o que está para lá da curva.
O percurso é fabuloso! Quem o quiser fazer poderá dar uma olhadela neste site.




Passámos por inesquecíveis bosques de faias, abetos e pinheiros silvestres – este local, perto dum refúgio de madeira, é mágico! Fomos avistando pequenas e grandes cascatas sempre ao longo do rio Arazas, e quando achamos que já ganhámos o dia temos o belo Vale de Ordesa pela frente até à cascata final. No vale, o percurso tem um piso para os caminhantes não saírem da pista (a flora é frágil) mas confesso que não consegui travar a vontade de me deitar na relva a olhar para as nuvens.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ordesa & Monte Perdido





Da janela da «cabana» tínhamos a vista deslumbrante para o Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, o que nos fez esquecer por completo a multidão e as voltas que demos em Barcelona.
Foi necessário gravar os cenários na memória porque nenhuma fotografia fará jus àquilo que fomos descobrindo ou o que cada um sentiu. O cheiro dos prados é único, assim como o do interior da floresta. O barulho da água é constante e em qualquer pedaço de relva nascem lindas flores.

É difícil resumir em imagens qualquer percurso que tenhamos feito aqui. Ninguém vai perceber que as árvores são enormes, que as pinhas são pequeninas e decoram-nos o caminho, e que pisar o chão da floresta é como pisar alcatifa. As imagens são uma pequena seleção do percurso a pé, desde a vila de Torla até à entrada do parque na Pradera de Ordesa. Foram 4 horas (ida e volta) e nunca imaginei que me fosse saber tão bem fazer o regresso debaixo de chuva. Encharcada, a rogar pragas aos Merrell, mas feliz.










As duas últimas fotografias foram tiradas pelo P., num dos muitos solitários percursos que fez na sua bicicleta. É tudo tão grande e tão bonito e nós somos tão pequeninos.


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Hospital Sant Pau




Como Barcelona não é só o Gaudí, fomos visitar o surpreendente Hospital Sant Pau que encerrou os serviços em 2009 para dar lugar a um grande restauro. Abriu as portas aos visitantes em fevereiro deste ano, e sendo pouco divulgado as visitas mantêm-se tranquilas e sem filas.




O arquiteto foi Lluís Domènech i Montaner, o mesmo do encantador Palácio da Música. Aqui valerá a pena uma visita guiada para compreender o contexto em que foi construído, motivações e o modo como foi sendo adaptado ao longo dos anos, adequando-se às necessidades da população até há bem pouco tempo. O hospital é composto por vários edifícios, em que cada um funcionava com a sua especialidade. Estão ligados entre si por túneis subterrâneos, para manter o espaço exterior livre para os pacientes poderem usufruir do jardim sem batas brancas, e acelarar a sua recuperação.



domingo, 14 de setembro de 2014

Gaudí


Regressei a Barcelona 15 anos depois. Como nessa altura tinha conhecido os «principais pontos de interesse», desta vez não fui com grandes planos, e ainda bem! Atualmente os preços cobrados à entrada para qualquer coisa são exorbitantes, já para não falar das filas. A cidade já tem demasiado turismo para o meu gosto. Até a minha filha reparou que nas poucas lojas que entrámos, os artigos são iguais e apenas lhes mudam o padrão.

A única ambição era voltar à Sagrada Família e vê-la terminda por dentro. Há 15 anos o interior era uma instalação de andaimes e panos, ficou na memória a subida e a decida pela escadaria em caracol por uma das torres. Nos dias de hoje, a subida às torres faz-se de elevador, mas no regresso dão-nos a oportunidade de descer pela mesma escadaria, e não deixámos de repetir a experiência agora com a miúda. O interior ficou surpreendente. Ao olhar para o teto (1ª foto) senti que estava a olhar para a copa das árvores.

O que me atrai nas construções de Antoni Gaudí é a sua inspiração pela natureza e o modo como a representou nas estruturas que concebeu. Diz-se que nasceu com a saúde frágil, que sofria de reumatismo, e que por esse motivo entrou mais tarde na escola primária. Pelos vistos, esse tempo não foi em vão, os passeios pelo campo que deu com a sua mãe na infância influenciaram-no para o resto da vida.


Fora da igreja podemos visitar a escola que em 2002 foi reconstruída. Foi bom saber que Gaudí teve a preocupação de a construir para os filhos dos trabalhadores que erguiam a sua obra. Tanto as paredes como a cobertura parece que ondula, mas a beleza da pequena escola reside na simplicidade da própria construção.