terça-feira, 27 de setembro de 2016

enfeirar

Um grande programa que posso fazer com a minha filha é irmos à Feira da Luz comer caldo verde e comprar plantas. Voltámos a comprar uma arruda para as borboletas regressarem e hortelã-chocolate para fechar os olhos e pensarmos que temos After Eight a crescer no quintal.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

acendalhas ecológicas II

Voltámos a fazer acendalhas – maiores do que as anteriores – com o que apanhámos dos passeios na aldeia e como não encontrámos raízes suficientes, atámos com um fio para conseguir juntar tantos ramos diferentes. As nossas serão utilizadas na lareira, mas também podem ser utilizadas no verão para fazer lume num grelhador.

Estamos na época ideal para fazer isto, os ramos que estão no chão e as ervas secas ainda não apanharam chuva.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

verão azul


Se amanhã chegasse o outono ou o inverno não iria ficar triste, o verão já foi perfeito. Há muitos anos que não passava por um verão tão bom como este. Assim como senti que o último inverno foi verdadeiro, dos quais só me lembro em mais nova, em que chovia a cântaros dias seguidos com granizo à mistura e ninguém reclamava, porque era mesmo assim.
Agora reclama-se muito, ou porque chove dias seguidos ou porque o calor já não se aguenta, poucos são os satisfeitos que sabem viver cada estação do ano e não ficam à espera que o planeta azul se adapte a nós.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

dias condensados

Desligar.
Ajuda muito poder escolher férias em locais onde a rede, por vezes, chega a ser apenas o número de emergência, ou para ter rede suficiente para uma chamada sem interrupções precisar de me deslocar ao telhado ou para fazê-la ter estar quase encostada àquele poste de electricidade.



Cada vez mais, procuramos destinos de férias onde possamos estar mais em contacto com a natureza. Na cidade a natureza é muito limitada e apesar de haver por perto um parque muito bom para uns passeios e piqueniques, precisamos de mais espaço para respirar e limpar o "disco rígido". Faz bem aos adultos e muito melhor às crianças. Alguns dos pontos altos das férias passou por assistir a uma trovoada como se estivéssemos num cinema, uma tarde a apanhar pinhões e a tentar comê-los, ficarmos sentados a olhar para o rio ou poder ler um livro horas seguidas.

Como é que se consegue passar tantos dias assim e tão iguais? Consegue-se se decidirmos que não vamos gastar tempo com outras coisas e vamos apenas estar e ficar.
Diz-se que estar numa aldeia duas semanas pode ser sufocante porque o tempo não passa e não se faz nada. Mas é isso que nos faz bem, pelo menos para quem passa o resto dos meses a sentir o tempo a correr e a ouvir dizer que tempo é dinheiro e é tudo para ontem.
Termos dias pela frente sem planos, com o tempo a passar devagarinho é disso mesmo que precisamos. Tempo não é dinheiro.

Deixámos os últimos dias para fazer praia, o estágio de banhos no rio lá em cima fez com que a água fria da Arrábida até nos parecesse morna.