terça-feira, 25 de abril de 2017

há dias em que ninguém nos cala

«A escola está cada vez menos interessante» disse-me há umas semanas, ao mesmo tempo que fazia aquele olhar como-é-que-se-dá-a-volta-a-isto.

Apesar do chamado «aproveitamento escolar» continuar a correr bem, a motivação e o interesse pelo que se aprende dentro duma sala de aula no 6º ano está no ponto de rotura. Contudo, a rapariga acaba sempre por nos surpreender e automotiva-se sabe-se lá onde, mas até quando?

Se tenho dias em que continuo a elogiar a escola pública tenho outros tantos em que só me apetece matá-la ainda mais. É um grande desejo poder ver tudo mudar um dia e que a minha filha ainda consiga apanhar qualquer coisa boa dessa mudança.

Só um exemplo no meio de vários este ano: o último teste de Português do 1º período do 6º ano foi igual ao do 5º ano — escrever uma carta ao Pai Natal — aperfeiçoando e enriquecendo o texto este ano com mais vocabulário. Não percebi a ligação de se estar no 6º ano e a da carta ao Pai Natal, como já não tinha percebido a do 5º. Nem no 1º ciclo a minha filha levou com a da carta ao Pai Natal!

Se já era contra os trabalhos de casa este ano sou mais. Assumo que já disse à minha filha para não os fazer, não há tempo para tudo e o ideal é já começar a aprender a fazer escolhas: ou faz os tpcs, ou adianta um trabalho de grupo, ou estuda para um teste ou descansa (o descansar inclui tudo o resto: ler um livro, ouvir música, tocar guitarra, dançar, conversar, comer e dormir — também é preciso!). Cá em casa depois das 18h é proibido estudar ou fazer tpcs. Só aceitaria que gastasse mais tempo a fazê-los se fossem para trabalhar as suas próprias dificuldades, a política dos tpcs serem iguais para todos (tenham ou não dificuldades) está mais que ultrapassada e a marcação duma falta para quem não os faz também já não se aguenta!

terça-feira, 18 de abril de 2017

momentos


Visito estes locais várias vezes e de cada vez que os visito tiro as mesmas fotografias, quase sempre com os mesmos enquadramentos, parece que me esqueço mas não é isso. Tenho sempre a esperança de um dia conseguir registar as sensações de olhar para a paisagem, de tão boas que são.

Na primeira imagem, a casa cor-de-rosa do lado direito da ponte tem o verso mais bonito.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

inspiração

A propósito de um outro assunto chamei a minha filha para conhecer este projeto — Eyes as Big as Plates — e reparei que ficou bastante impressionada! Falámos da mistura entre a poesia e o humor que as imagens nos transmitem, mesmo que os protagonistas estejam inseridos na paisagem dum modo tão solitário. No final, cada uma tentou escolher a sua fotografia favorita o que se tornou difícil.
Aprecio verdadeiramente esta fusão entre o ser humano com a natureza, de pertencerem um ao outro.

No site podemos ver ao longo de vários posts, como os protagonistas colaboraram ativamente na produção das fotografias e como se camuflaram com os elementos naturais da paisagem, com a ajuda das autoras do projecto — Karoline Hjorth e Riitta Ikonen.